quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

Saudade, saudades

É bem verdade que não estamos sós.

Quanto mais vividos ficamos mais temos companhia: a saudade. Aqui não cabe falar mais velho, já que não é o tempo biológico que interessa, é o tempo da experiência, das emoções: você pode ser/ficar velho e ter sentido pouco ou quase nada durante a vida. E saudade sem sentimento tem sentido?

Pra quem pensa demais, pra quem reflete sobre tudo que vê, sente e vive, essa saudade ganha os traços mais diversos: pode ser cortante, aflitiva, pode ser consoladora, adocicada. Mas sempre está lá. Há quem saiba guardá-la nos recônditos do peito ou da alma e seguir vivendo novas experiências que, mais tarde, lhes darão outras saudades: esses são os mais sábios. E há aqueles que são, dias sim, dias não, engolidos pelas ondas de lembranças de tudo que foi e já não é. Tropeçam nas saudades espalhadas pelo caminho, comparam essas saudades com o presente. Carregam um coração entupido de saudades e infartam constantemente por sentimentos antigos, por sentimentos eternos.

Eu escrevo cheia de saudade. Choro saudade, sorrio saudade. E por ser tão feita de saudade eu sei que tenho vivido bem e feliz.


As fotos são sobre o melhor recesso que já tive e do qual eu já sentia saudade antes mesmo de terminar...



















Beijos, pessu!

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